por DeviMarga Dasika
Jnana Dhata Acharya (Instrutora Iniciadora) do Ashram Sarva Mangalam
O sentido mais honesto para Meditação fica por conta de que ela é um método de desenvolvimento do Eu.
A sua finalidade é geralmente ajudar a pessoa a tomar consciência da existência de uma união entre si mesma e todas as coisas do Universo.
A prática da Meditação, embora presente em quase todas as religiões, não pressupõe nenhuma fé religiosa.
As Meditações Cristãs procuram união com o Cristo, as Muçulmanas (os Sufis) com Alá, as Hindus com o Atma (o Eu superior), as Judaicas (no Hassidismo) com Deus, e assim por diante.
Da mesma forma, o objetivo supremo da meditação pode aparecer com o nome de (((superação de si mesmo))), desenvolvimento da consciência, Samadhi (no Hinduísmo), Satori (no Zen budismo), Iluminação e etc.....
Como já disseram vários experientes na prática do Budismo Tibetano, no tempo em que dura a experiência da Meditação, a consciência do homem, que não está obrigada a seguir uma única direção (no tempo), como o estão o corpo e os sentidos.
E mais....quando se está em meditação, o espaço parece ampliar-se....
Nos estados superiores de Meditação, viver a infinitude do espaço conduz imediatamente a viver a infinitude da consciência.
Depois que eliminamos todas as idéias de coisas, de formas e de representações, o espaço tona-se o objeto direto e intuitivo da consciência.
A Meditação não é um tipo de transe ou hipnose, pois o sujeito que medita, longe de perder a consciência, procura, ao contrário, ampliá-la ao máximo.
A Meditação difere também das preces e orações, no sentido de que ela não comporta nenhum tipo de solicitação. Ela não é, também, uma maneira ordinária de pensar.
Ao contrário, a Meditação objetiva o desaparecimento dos gêneros de atividades mentais que escondem a Unidade fundamental à qual o meditante quer atingir.
Na Meditação, o Espírito está geralmente ocupado, de forma permanente, com uma única tarefa, como, por exemplo, repetir mentalmente uma palavra, ou imaginar (ou contemplar) um objeto.
A palavra que é utilizada na Meditação chama-se (((Mantra))).
Nos sistemas Indianos, os meditantes servem-se geralmente do Som da palavra OM, que simboliza todos os sons do Universo e a Unidade em Si mesmo.
A Meditação pode ser praticada de forma grupal ou solitária, de preferência num aposento calmo e reservado para essa função.
Certos sistemas de Meditação recomendam a posição sentada no chão, de pernas cruzadas e outros sistemas autorizam qualquer posição confortável. Algumas recomendam fechar os olhos, outras, mantê-los abertos.
O canto e a dança frequentemente fazem parte da Meditação. Por outro lado, recomenda-se a meditação toda vez que isso seja posssível, durante as atividades cotidianas.
Fala-se também das faculdades psíquicas resultantes da prática de Meditação.
De forma geral, o adepto da Meditação não se preocupa com o desenvolvimento desse gênero de faculdades, por que isso pode desviá-lo de seu objetivo central.
Se essas faculdades são levadas a sério, é porque elas são consideradas um sinal objetivo de que a pessoa, durante a Meditação, NÃO vive um estado pessoal de sonho, mas SIM que sua consciência se estendeu AO MUNDO REAL.
Hoje em dia muitos cientistas e especialistas da saúde física e mental, se interessam pela Meditação e isto se deve em larga medida à descoberta de que a Meditação pode acarretar modificações importantes não apenas nos estados de consciência, mas também no plano fisiológico.
Pra quem medita, frequentemente há uma intensificação das ondas alfa do cérebro,fazendo supor a existência de alguma coisa que tenha uma relação com o cérebro e a ATENÇÃO.
Assim foi descoberto que a Meditação provoca um relaxamento mais profundo do que o sono, acarretando também importantes reduções das porcentagens do metabolismo, quedas verticais no consumo de oxigênio pelo organismo, da mesma forma que no ritmo cardíaco e na respiração... onde também já ficou registrado um aumento da resistência da pele e uma redução da taxa de ácido lático no sangue, onde assim se consegue diminuir a excitação e a inquietude.
Exatamente por causa dessa co-relação existente entre Meditação e ondas alfa, estabelece-se uma ligação entre percepção extra sensorial e as ditas ondas alfa.
A Meditação se adapta as necessidades próprias de cada pessoa, ela auxilia ao desempenho melhor de adaptação da vida social, estudos e trabalho... EM CONSEQUÊNCIA NATURAL DE UM EQUILÍBRIO ALCANÇADO, a tensão nervosa diminui, a energia aumenta e a concentração das tarefas cotidianas passa a solicitar menos esforços.
Já num contexto mais específico de autoconhecimento, Meditação É um estado de abstração que conduz aquele que o alcança, muito acima deste plano de percepção sensitiva, e muito além do mundo material.
Os estados de Meditação variam de acordo com o grau de envolvimento da vida sensitiva em que se acha o Ego, bem como do domínio já alcançado por ele sobre a Mente e os Sentidos.
O verdadeiro Meditador permanece, durante a Meditação, espiritualmente consciente do Eu e da atuação de seus Princípios Superiores. A Meditação é uma prática que exige um processo de educação preliminar, de treinamento constante, perseverante, com o fim de disciplinar a Mente (os próprios pensamentos) e os Sentidos. Só depois que se consegue esse domínio, essa quietude interior, é que se pode realmente entrar nesse estado de Beatitude, de verdadeira sintonia com o Eu, isto é, na Câmara Etérica do próprio coração transcendente.
Margareth Gonçalves (DeviMarga Dasika);
Jnana Dhata Acharya (Instrutora Iniciadora) do AShram Sarva Mangalam da SDM;
Trabalha com Yogaterapia especializada em Psicologia do Yoga;
Foi colaboradora da revista “Sexto Sentido”;
Formada em Pedagogia do Infra dotado pela Universidade Presbiteriana Machenzie;
Formada em Extensão de Currículo para primeiro e segundo grau pela Pontifícia Universidade Católica (PUC- 1976);
Cursou Aprimoramento em Psicologia do infra dotado pela USP(1985);
Foi Integrante do movimento Uni-Luz durante muito tempo, representando o SDM;
Fundadora em 1994 do Instituto Naradeva Shala;
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