​A proposta é construir à atenção ao Bem-Viver para as pessoas a partir da compreensão da sua integralidade com a natureza. Como? Usando o Āyurveda como proposta de transgressão das relações de quem detém o conhecimento para estabelecer pontes com quem o busca. Entendendo a pessoa com faculdades de compreensão de seus processos – corpo, mente e existência -- para torná-la capaz de autogestão, pretende-se muni-la de ferramentas que a torne capaz de decidir sobre o que é melhor para si, para sua autonomia e seu autocuidado, enquanto pessoa comunitária.

Tenho como proposta encontrar as melhores revisões para os textos do Āyurveda no que se refere a sua aplicação para o nosso tempo e contexto. Respeitando a orientação sexual, identidade de gênero, as regras pessoais para com o próprio corpo e formas de se relacionar de cada uma. Associo esse processo ao Bem-viver, que é o processo da matriz comunitária de povos que vivem em harmonia com a natureza, o que difere da indústria do bem-estar, fruto do capitalismo. Por isso, a proposta é encontrar o melhor projeto terapêutico possível, junto com quem busca atendimento, para que a pessoa possa se sentir bem consigo mesma e retomar o senso de “pessoa coletiva”.

Para isso, circundaremos parâmetros-pilares do Āyurveda (rotinas diárias, sazonais, inspirações alimentares e fitoterapêuticas regionais, práticas de autocuidado ayurvédico etc), estabelecendo rotinas possíveis com cada necessidade e individualidade de acordo com as mudanças das fases de vida, lunar/solar e sazonal/planetária, mirando estar longe de práticas hegemônicas e autoritárias sobre padrões do corpo e sobre estados de felicidade/tristeza.